Bessie Smith ficou para história da música como uma das cantoras de maior sucesso dos anos 20 e, juntamente com Louis Armstrong, foi uma das grandes influências dos Blues e Jazz.
Nascida a 15 de Abil de 1894, em Chattanooga, Tennesee, cedo perde os seus pais e para arranjar dinheiro para sobreviver, Bessie e o seu irmão Andrew formam um dueto (ela a cantar e dançar e ele a tocar viola) e começam a interpretar nas ruas de Cattonooga.
Mais tarde, Clarence, o seu irmão mais velho, convence-a a continuar no canto e na dança. Em 1912, Clarence trabalhava com a banda musical Stokes e arranjou uma audição para Bessie com seus empresários, Lonnie e Cora Fisher. Assim, Bessie inicia-se no mundo do vaudeville mas foi contratada como dançarina ao invés de cantora, porque a companhia já incluía Ma Rainey, que se tornou na sua protectora. Contudo, todos os relatos da época indicam que Ma Rainey não ensinou Bessie a cantar. Provavelmente ajudou-lhe a desenvolver a sua presença no palco. Em 1913, Bessie começou a criar seu próprio show, no teatro "81" em Atlanta. Por volta de 1920, estabeleceu uma reputação de na região sul americana e ao longo da costa leste americana.
Bessie tornou-se uma figura famosa como resultado do seu primeiro álbum em 1923, gravado pela Columbia, "Downhearted Blues". Transformou-se a atracção principal no circuito de teatros negros e acabou por se tornar ela própria na atracção mais popular nos anos 1920. Trabalhando sobre uma agenda apertada que envolvia peças de teatro durante os meses de Inverno e turnês ao longo do resto do ano, Bessie transformou-se na artista negra mais bem paga de sua época.
A cantora fez cerca de 160 gravações para Columbia, muitas vezes acompanhada pelos melhores músicos de sua época, como Louis Armstrong, James P. Johnson, Joe Smith, Charlie Green, e Fletcher Henderson, ganhando milhares de dólares por semana nos anos vinte, mas devido à popularidade do swing, o blues entrou em declínio para o público nos anos trinta, tendência essa que resultou no fim de 10 anos de contrato com a Columbia Records.
Em 1929, Bessie entra na curta-metragem “St. Loius Blues”, a sua única aparição no cinema, baseada na música de W. C. Handy de mesmo nome. No filme, dirigido por Dudley Murphy e filmado no bairro Astoria em Nova Iorque, ela aparece acompanhada pela orquestra de Fletcher Henderson, Hall Johnson Choir, o pianista James P. Johnson, e uma secção de cordas; uma atmosfera musical radicalmente diferente de qualquer outro encontrado em suas gravações.
Bessie continuou a cantar ao vivo e conseguiu gravar mais quatro canções, muito devido a insistência de John Hammond, durante seus seis últimos anos, antes de falecer a 26 de Setembro de 1937, quando supostamente sangrou até a morte depois de um acidente de carro.
Bessie Smith foi a primeira cantora de blues a se tornar um grande sucesso devido à sua carreira na indústria fonográfica. Músicas com letras sociais, um estilo vocal bem definido e uma atitude activa contra movimentos racistas, fizeram de Bessie a “Imperatriz dos Blues”.
Fonte: Clube de Jazz; Wikipédia
1 comentário:
uma sintonia de culturas ... um cheiro a África , ao seu trajecto pelo mar ...
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