INFRAVERMELHOS

A fotografia de infravermelhos é uma técnica diferente e interessante de captar imagens de objectos e paisagens. Baseado no facto de que existem diversos comprimentos de onda da luz, o infravermelho situa-se na gama não visível, não sendo captado pelos olhos ou pelas películas e vulgares sensores fotográficos.

Até o início de 1900, esta técnica não era possível aplicar porque as emulsões de haleto de prata não são sensíveis à radiação infravermelha sem a adição de um corante para agir como um sensibilizador de cor. Só em 1910, foram publicadas as primeiras fotografias de infravermelhos na edição de Outubro da Royal Photographic Society para ilustrar um artigo de Robert W. Wood, o pioneiro desta técnica. A Royal Photographic Society está a coordenar eventos para comemorar o centenário deste evento em 2010.

A fotografia de infravermelhos tornou-se muito popular entre os entusiastas da fotografia na década de 1930, quando o filme foi lançado comercialmente. Em 1937, 33 tipos de filme infravermelho estavam disponíveis a partir de cinco fabricantes, incluindo a Agfa, Kodak e Ilford. Esta película foi também utilizada para criar efeitos bastante interessantes em imagens de movimento. Um exemplo notável é o filme The Bride Came COD, dirigido por William Keighley e protagonizado por Betty Davis.

Em 1960, a fotografia de infravermelhos tornou-se amplamente exercida com a introdução da Kodak Ektachrome Infrared Aero Film, Type 8443. É nesta década que vários artistas como Jimi Hendrix, Donovan, Frank Zappa e The Grateful Dead lançaram capas dos seus álbuns com fotografias de infravermelhos, devido às cores inesperadas e efeitos que se encaixavam perfeitamente na estética psicadélica da época.

Para alguns, a técnica continua a ser enigmática, mas com o advento da fotografia de infravermelhos digital, está a ganhar popularidade e as fotografias são expostas em inúmeras galerias em todo mundo como se fossem autênticas obras de arte.

Fonte: Texto da Wikipédia e imagens de Flickr