O termo Circassian Beauty é usado para referir uma imagem idealizada das mulheres do povo Circassiano do Cáucaso Setentrional. Circassiano é um termo derivado do Cherkess turcos (Cerkes). Persiste uma imprecisão do termo circassiano que deriva, em grande parte, do facto da região do Cáucaso do Norte ter sido uma área remota e relativamente desconhecida para os ocidentais e os turcos. Genericamente, pode ser entendido num sentido mais restrito como Cherkes, Shapsugs e Cabardinos), ou, no sentido lato como Abkházia, Abazins e Ubykh (o último desaparecido linguisticamente).
Existe um mito sobre as mulheres deste povo que seriam de uma bela e de uma elegância invulgares e associa-se ao termo circassiana o termo de concubina. Esta reputação remonta ao Império Otomano quando estas mulheres foram raptadas para fazerem parte dos haréns do Império do Sultão Turco. Estas mulheres ficaram também conhecidas por "moss haired girls”, por terem sido vítimas de escravidão sexual entre os turcos.
Como resultado desta reputação, na Europa e América as circassianos eram regularmente caracterizadas como o ideal de beleza feminina que teve repercussões na poesia e na arte. Uma das características destas mulheres era a pele branca que contrastava com um cabelo ripado como algumas tribos africanas.
Nas Letters on the English (1734), Voltaire menciona a beleza das mulheres circassianas:
"The Circassians are poor, and their daughters are beautiful, and indeed it is in them they chiefly trade. They furnish with those beauties the seraglios of the Turkish Sultan, of the Persian Sophy, and of all of those who are wealthy enough to purchase and maintain such precious merchandise. These maidens are very honorably and virtuously instructed how to fondle and caress men; are taught dances of a very polite and effeminate kind; and how to heighten by the most voluptuous artifices the pleasures of their disdainful masters for whom they are designed." Letter XI, On Inoculation.
A beleza circassiana também é mencionada no poema Don Juan de Lord Byron:
For one Circassian, a sweet girl, were given,
Warranted virgin. Beauty’s brightest colours
Had decked her out in all the hues of heaven.
Her sale sent home some disappointed bawlers,
Who bade on till the hundreds reached the eleven,
But when the offer went beyond, they knew
‘Twas for the Sultan and at once withdrew.
Don Juan, canto IV, verso 114
No século XIX, a combinação dos temas populares como Oriente, ideologia racial e excitação sexual deu a uma notoriedade estas mulheres e Phineas Taylor Barnum, líder do circo Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus, decidiu capitalizar esse interesse da sociedade americana.
Barnum criou o American Museum em Nova Iorque e, em 1864, exibiu a primeira mulher circassiana sob o nome de “Zalumma Agra”. Reza a história que Barnum tenha escrito a John Greenwood, o seu representante na Europa, pedindo-lhe para comprar uma bela mulher circassiana para expor, ou pelo menos para contratar uma moça que poderia "passar por" uma. No entanto, parece que "Zalumma Agra" foi presumivelmente uma mulher local contratada para o show. Mas mais tarde, Barnum conseguiu adquirir um número suficiente de mulheres circassianas que tinham emigraram para os EUA para fugir da escravidão sexual.
A propagação de beleza circassiana rendeu um avultado lucro a quem explorava estas mulheres que eram expostas em museus ou em diversos circos onde realizavam inúmeros truques circenses (o mais comum era engolir espadas).
Fonte: Texto de Wikipédia e imagens de Sidershow World
6 comentários:
Bom dia, Clara...
pesquisa interessante...na perspectiva da história e da vida.
BFS
beijinho,
Véu de Maya
Meu Deus!!!! Pode não acreditar mas ao olhar para as imagens pensei que tivesse qualquer coisa a ver com os cabelos...:(
Museus,circos...??!?!
Registei mais esta.
um beijinho
ººº
Gosto de peliculas antigas.
Gostei do cantinho e voltarei...
Bom f-d-s
Muito legal conhecer um pouco da cultura dos Caucasos!
Boa semana!
Bjs.
Bom dia!
Beautiful photos, very interesting history. I like your blog
Voltaire faz um interessante comentário sobre essas mulheres em suas Cartas Inglesas.
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